O poder das mulheres no mercado imobiliário

Nas últimas décadas, as mulheres têm desempenhado um papel cada vez mais influente na decisão de compra de imóveis. No entanto, esse cenário está mudando e, atualmente, as mulheres estão assumindo o papel de decisora da compra, contribuindo também financeiramente com a aquisição. Essa mudança não se limita apenas ao mercado imobiliário, mas também ocorre em outros setores.

Uma pesquisa recente da Inteligência de Mercado da incorporadora RJZ Cyrela revelou que, atualmente, 63% dos compradores de imóveis no Rio de Janeiro são mulheres. Embora não haja dados suficientes para mostrar quantas compram sozinhas e o percentual das compras conjuntas, é evidente o aumento do poder das mulheres, que vai além de apenas bater o martelo e dar a palavra final. Elas estão participando de todas as etapas e analisando os detalhes em cada etapa da jornada de compra.

Além disso, as mulheres estão cada vez mais presentes nas diversas profissões que atuam no mercado imobiliário, que antes eram predominantemente masculinas, como engenharia e até mesmo em trabalhos mais pesados da construção civil, como pedreira, pintora e eletricista, entre outras. Pesquisas recentes mostram que esse é apenas o início da revolução do papel da mulher no mercado como um todo.

O setor comercial do mercado imobiliário também tem sentido esse aumento da presença feminina, com mais mulheres atuando como corretoras de imóveis. De acordo com dados do Cofeci-Creci, o número de mulheres nessa profissão aumentou em 144% na última década, e as corretoras de imóveis já representam 32% dos profissionais atuantes no mercado imobiliário.

Mas por que esse crescimento feminino está ocorrendo? Ser corretora de imóveis permite que as mulheres possam exercer a maternidade presente que tanto sonharam, sem deixar a carreira profissional de lado. Esse é um dos principais motivos pelo aumento do número de corretoras de imóveis no país. Além disso, esse crescimento também pode ser explicado pelo aumento significativo do empreendedorismo feminino nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa feita pela Rede Mulher Empreendedora, 75% das mulheres decidem empreender após terem filhos.

No entanto, conciliar carreira e maternidade não é uma tarefa fácil. Exige um grande esforço e uma rede de apoio sólida. Infelizmente, a mulher ainda é vista como a principal ou até mesmo a única responsável pelos afazeres domésticos da casa, o que complica ainda mais essa dupla jornada. Essa visão é reflexo de uma cultura enraizada em nossa sociedade.

Apesar dos desafios, as mulheres têm muito a contribuir com o mercado imobiliário. Diversas pesquisas mostram que o olhar emocional e detalhista da mulher é assertivo e reflete em melhores resultados de vendas. Em um mundo onde se discute tanto a robotização do atendimento e a substituição do papel do corretor de imóveis, a capacidade da mulher em se conectar e gerar valor emocional com o cliente é admirável e uma fonte de aprendizado para o mercado imobiliário. A emoção desempenha um papel fundamental em uma negociação de venda de imóvel, e o poder que a mulher tem de tocar as pessoas é um sentimento que perdura, conecta e fideliza o cliente.

No entanto, as mulheres ainda enfrentam desafios, como a insegurança e a falta de confiança em si mesmas. Pesquisas revelam que a insegurança faz as mulheres sabotarem sua própria carreira, acreditando que não são capazes ou merecedoras, mesmo se preparando muito para suas conquistas profissionais. É importante combater a síndrome do impostor e buscar apoio emocional entre as mulheres do mercado imobiliário.

Juntas, as mulheres poderão mostrar seu valor no mercado, ter mais representatividade feminina e lidar com o peso e as angústias de tentar ser a mulher maravilha que não existe, mas que luta para ser sua melhor versão a cada dia.

fonte: conteudoimob.

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