O mercado imobiliário é altamente influenciado pelos juros e pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”. Com a tendência de queda na taxa Selic e o incremento planejado do programa, é esperado que o mercado seja reaquecido em 2024, repetindo os bons números registrados em anos anteriores.
Em 2023, mesmo com a taxa de juros ainda elevada, as vendas de imóveis novos tiveram um aumento de 10% no primeiro semestre, impulsionadas pela procura por imóveis de médio e alto padrão. Além disso, a expansão dos limites de renda mensal e dos valores máximos dos imóveis elegíveis para o “Minha Casa, Minha Vida” também contribuiu para o aumento da demanda por imóveis populares.
O mercado financeiro também demonstrou otimismo em relação ao setor imobiliário, com as empresas do ramo negociadas em bolsa apresentando um crescimento no valor de mercado de mais de R$ 21 bilhões em 2023. Esses indicadores favoráveis e a perspectiva de redução nos juros para 2024 podem gerar resultados importantes para o setor, como a inclusão de renda marginal nos financiamentos, redução do custo da dívida e aumento do crédito imobiliário.
Além disso, o aumento substancial das verbas públicas destinadas à moradia no próximo ano, que passará de R$ 80 milhões para R$ 10 bilhões, também contribuirá para aquecer o mercado imobiliário como um todo.
Outro ponto otimista é a expectativa de aumento de lançamentos e maior equilíbrio nos preços dos imóveis. Após um ciclo impactado pela pandemia, é esperado que os preços evoluam de forma mais moderada, desde que a inflação esteja controlada. Isso traz mais tranquilidade para quem está buscando adquirir um novo imóvel.
No entanto, para quem pretende comprar um imóvel usado, a possível queda na taxa de juros pode ter consequências diferentes. Os preços dos aluguéis tendem a não seguir rapidamente a alta ou baixa dos juros, devido aos contratos longos. Isso pode levar os proprietários a optarem por alugar os imóveis em vez de vendê-los, o que pode resultar em um aumento mais intenso nos preços e menos negócios concretizados no mercado secundário.
É importante ressaltar que a volatilidade econômica local e global pode afetar a demanda por imóveis, devido à falta de previsibilidade nos níveis de emprego e renda. A decisão de comprar um imóvel envolve assumir uma dívida de longo prazo e comprometer boa parte da renda das famílias, o que torna essa decisão mais fácil em momentos de maior equilíbrio econômico.
Em resumo, o mercado imobiliário tem perspectivas positivas para 2024, com a tendência de queda na taxa Selic e o incremento do programa “Minha Casa, Minha Vida”. No entanto, é importante estar atento aos fatores que podem afetar o setor, como a volatilidade econômica. Apesar disso, o momento atual permite ter expectativas melhores para o próximo ano.
fonte: SUNO NOTÍCIAS
foto: Mercado Imobiliário. Foto: iStock